quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EXPOSIÇÃO “Primeira revolta republicana”


No âmbito das comemorações do Centenário da República, está patente no Bloco C uma exposição que relembra a "primeira revolta republicana", ocorrida no Porto a 31 de Janeiro de 1891, mas que viria a fracassar. Ficamos a saber, entre muitas outras coisas, que os responsáveis por esta revolta foram: António Leitão, Basílio Teles, Augusto Malheiro, João Chagas, Manuel Abreu, Augusto Veiga, Afonso Pala e Sampaio Bruno.
A equipa responsável pelo Jornal do Agrupamento aconselha vivamente uma visita a esta exposição.
Equipa do Jornal

domingo, 17 de janeiro de 2010

Dia Internacional Para a Erradicação da Pobreza


No âmbito do Plano Anual de Actividades e da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, foi assinalado o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, com a participação de todas as turmas.
O que é ser pobre?
5ºB
Não ir à escola, porque não se tem livros.
Ser infeliz, não poder ter nada.
Ser pobre e triste.
Ser pobre é não ter tanto amor e carinho como nós temos.
Os outros são pobres, mas nós temos que ajudar.
Ser pobre é aqueles que não têm o amor dos pais.
Ser pobre é viver na rua e não ter dinheiro para comer e viver como nós.


5ºD
Ser pobre é não ter dinheiro para comer e não ter uma casa confortável como a nossa.
Ser pobre é não ter que comer, não ter quase nada de água. Ser pobre é muito mau, nem sequer ter um cêntimo para comprar alguma coisa.
É nós termos tudo e os outros nada.


7ºA
Ter uma vida miserável, sem dinheiro, sem comida e sem tecto.
Viver debaixo de cartões, a pedir esmola.


8ºA
Os pobres dormem na rua e, quando têm fome, têm que pedir esmola.
Não têm onde dormir e não têm dinheiro, para comer, têm de pedir esmola.

domingo, 10 de janeiro de 2010

ARTIGO DE BOAS VINDAS DA DIRECTORA DA ESCOLA


OLÁ A TODOS!

 O nosso jornal voltou. Depois de umas merecidas férias, cá estamos de volta ao trabalho. Um novo ano lectivo se iniciou; começo por dar as boas vindas a todos os que pela primeira vez estão no nosso Agrupamento e, claro, desejar um bom regresso aos que continuam a fazer parte da nossa comunidade escolar.
    Este novo ano iniciou-se de acordo com o previsto no calendário escolar, mas trouxe algumas alterações na organização do espaço físico da escola sede por se encontrar, desde final de Julho do ano lectivo anterior, em obras de requalificação do parque escolar. Estamos a mudar o sistema de climatização da escola e a criar novos espaços que vão permitir oferecer a todos uma melhoria das aprendizagens e um melhor bem-estar/conforto que de certeza irá contribuir para que nos tempos livres possamos desfrutar melhor a nossa escola.
 Aproveito o facto de estar convosco para publicamente agradecer a todos, Assistentes Operacionais, Assistentes Técnicas, Professores, Alunos e Município que, com o seu trabalho, compreensão e capacidade de adaptação, em muito contribuíram para que o ano lectivo, apesar dos constrangimentos causados pelas obras, esteja a decorrer dentro da normalidade.
    Bom, por agora concentremo-nos neste final de 1º período; aproxima-se a festa de Natal para os mais novos, alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, já no próximo dia 18 de Dezembro. A festa continua a ter o apoio da Câmara Municipal, com a oferta dos presentes para as crianças e, neste ano, é dinamizada pelas educadoras, professores do 1º ciclo e professores que leccionam as actividades de enriquecimento curricular. Para os alunos que frequentam a escola sede do Agrupamento não é possível dinamizar a já habitual actividade natalícia por inexistência de um espaço adequado mas, haverá uma pequenina surpresa para todos
 Esta também é a altura do ano em que valores como a tolerância, o respeito e a solidariedade são evocados com mais frequência; vamos reforçá-los e tentar construir um mundo mais pacífico onde todos tenhamos realmente as mesmas oportunidades e não sejamos sob nenhuma forma discriminados. Façamos um apelo à paz e à compreensão entre todos os povos do Mundo!
 Por agora aqui ficam os nossos desejos de um Bom Natal e uma óptima entrada em 2010. Até breve.


A Directora
Teresa Alexandra de Oliveira Estrada Pereira

Festa de natal dos Jardins e 1º Ciclo do Agrupamento

sábado, 9 de janeiro de 2010

HALLOWEEN AT SCHOOL

Este ano, no dia 30 de Outubro, houve festa na E.B. 2,3 de Mortágua - festejámos o Halloween, graças ao empenho dos nossos Professores de Inglês! Alguns alunos estavam muito engraçados e assustadores, mascarados de bruxas, vampiros, esqueletos, etc.

De manhã, tivemos aulas normalmente; à tarde, começámos a festejar o Halloween, participando em várias actividades no campo de jogos da Escola.

A primeira actividade foi a "Apple Race" – os participantes levavam uma maçã numa colher de pau; tinham que correr o mais rápido possível e, ao mesmo tempo, equilibrar a maçã na colher; se a deixassem cair, eram eliminados. Este jogo foi muito divertido, especialmente quando a maior parte de nós deixava cair as maçãs no chão.

Passámos ao jogo da corda – "Tight Rope" – onde cada turma participava com uma equipa de 10 elementos. Ficámos muito satisfeitos e entusiasmados, pois a nossa turma, o 5ºA, ganhou a primeira eliminatória, contra o 5ºB; a seguir jogámos com o 5ºC e já não gostámos nada, porque perdemos! No entanto, adorámos este jogo, pois também foi muito interessante e animadíssimo.

Depois destes dois jogos, fizemos um intervalo, para lanchar.

A seguir, continuou a diversão, com a "Apple Dance" – para entrar nesta actividade, tínhamos que arranjar um par e dançar com ele, ao mesmo tempo que segurávamos uma maçã apertada entre as nossas testas. Quem a deixasse cair era eliminado. Todos se divertiram muito, tanto os que dançaram, ao som de música animada, como os que iam vendo as maçãs a cair no chão, aqui e acolá! Devido à Gripe A, ninguém entrou na dança sem primeiro colocar uma máscara e desinfectar as mãozinhas, ajudados pelos Professores da área das Ciências.

No final da tarde, houve a entrega dos prémios aos vencedores de todos os jogos. Nem todos puderam ser premiados, mas o importante mesmo foi termos a oportunidade de participar e de conhecer estes jogos.

Gostámos muito de toda a "festa"; para a maioria dos alunos foi uma experiência nova, porque nunca tinham participado nestes jogos tradicionais na Grã-bretanha; pode dizer-se que foi o melhor Halloween que festejámos até agora. Foi um dia em grande!

Texto elaborado pelos Alunos do 5ºA

E.B. 2,3 de Mortágua, Novembro de 2009

SEBASTIÃO RODRIGUES…MADE IN PORTUGAL

Sebastião Rodrigues nasceu em 28 de Janeiro de 1929, no Dafundo, Lisboa, no seio de uma família, que, segundo ele próprio, podia ser considerada remediada.

Passou os anos de infância de forma despreocupada e livre numa Lisboa onde, como canta Carlos do Carmo, os rapazes parecem bandos de pardais á solta, e assim cresceu feliz.

Na escola primária do Dafundo, fez a 4ª classe, matriculando-se depois no curso de serralheiro mecânico da Escola Industrial do Marquês de Pombal, onde iria ter um grupo docente de artistas que viriam a ter um papel determinante na iniciação da sua futura profissão.

Foi o pai que lhe introduziu o gosto pelo cheiro das tintas e o barulho das máquinas de impressão tipográfica do Jornal onde trabalhava. É assim que tem os primeiros contactos com as artes gráficas.

Em 1945, Sebastião Rodrigues começa a trabalhar para o atelier APA (Agência de Publicidade Artística), tendo como chefe gráfico Alberto Cardoso e como companheiro mais velho de ofício Manuel Rodrigues. Este último iria orientá-lo na sua evolução como artista gráfico, que passa pela pesquisa e descoberta das técnicas gráficas e pelo apurar da sua linguagem plástica.

José Cardoso Pires, seu amigo e cúmplice desse espírito criativo, descrevia-o como "Gato". Na verdade, era esguio e discreto como um gato de segredos, sensível, avisadíssimo. Criatura de gestos sóbrios, olhar rápido. Uma inteligência felina e um humor muito privado, quase escondido. Enfim um "gato". É sendo assim que sobrevive mais de quarenta anos, num estado onde o sentido democrático tropeça com as almas criativas.

O trabalho do artista gráfico passou inicialmente pela realização de cartazes, folhetos e montras, numa altura em que fazia tarefas de designer gráfico mesmo antes de o termo existir. Foi-se tornando conhecedor como poucos de todo o processo tipográfico e, mais tarde, da impressão em offset. Assim, desenvolveu laços de trabalho e amizade com impressores, compositores gráficos, montadores e retocadores que o ajudaram na concretização dos seus projectos. Com eles aprendeu os segredos que só estão ao alcance dos mais audazes, técnicas que lhe permitiram interpretar e tornar em imagens impressas projectos de grande qualidade e ambição técnica. João Gonçalves, um dos melhores fotógrafos gráficos do seu tempo, é um desses casos. Com ele aprendeu a analisar uma imagem através da selecção de cor.

Tecnicamente, estávamos ainda longe dos meios informáticos dos nossos dias, mas Sebastião Rodrigues assistiu à mudança tecnológica e alertava para os seus perigos e equívocos, com consequências imprevistas para o futuro, para a dependência desses meios em virtude do nosso pc portátil ter mais capacidade que é o cérebro humano.

Sebastião Rodrigues inspirou-se, por exemplo, nos caracteres egípcios, na caligrafia clássica, onde só se utilizavam as letras maiúsculas, no folclore (costumes) nacional e no artesanato. A par destas influências, encontramos inspiração nas correntes artísticas vigentes na primeira metade do Séc. XX: o Cubismo, o Dadaismo, o Surrealismo e, como não poderia deixar de ser, a linguagem moderna, limpa, polida e sem artifícios do Modernismo. Esta última é a mais importante fonte de inspiração na sua obra.

Lembrar Sebastião Rodrigues é evocar a profissão de Designer, ou melhor, a antiga profissão de artista gráfico. E isso é tanto mais importante quando compreendemos o seu percurso e a sua obra para entendermos como foi conseguida à base do rigor e de muito trabalho prático. Foram horas a fio a fazer cores, a escolher papéis, a fotografar, a recortar, a colar, a desenhar letras, a decalcar letras, tudo passos que, no design dos nossos dias, foram substituídos por ferramentas informatizadas, que tornam muitas vezes o tarefa do designer impessoal, computorizada, sem se perceber a origem e o porquê das coisas. Com efeito, hoje o e-mail substituiu o contacto com os técnicos da gráfica, algo que impede o antigo sentir o cheiro das tintas.

A sua obra é vasta, cheia de referências para os novos designers, marcante para quem de perto contactou com ela. Recordo com satisfação os meus tempos de estudante, as minhas visitas à Fundação Calouste de Gulbenkian, e a impressão que me causou a consolidação da marca Gulbenkian através do bilhete do catálogo dos cartazes das obras mais emblemáticas. E, tudo isto, da responsabilidade de Sebastião Rodrigues.



Prof. Joaquim Varanda

VISITA DE ESTUDO AO BIOCANTE E AO MUSEU DA PEDRA


No dia 3 de Novembro de 2009, a minha turma e o 5º A fomos ao Biocant e ao Museu da Pedra, acompanhados pelas directoras de turma e pela professora de Ciências da Natureza, que organizou a visita.
A chegada do autocarro à escola estava prevista para as 8h e 45m, mas este chegou bastante atrasado. Durante a viagem fomos falando uns com os outros.
Os alunos do 5º A saíram no Museu da Pedra e nós continuámos até ao Biocant. Quando lá chegámos, fomos para o laboratório, no Centro de Ciência Júnior, onde fizemos uma experiência chamada "De mão em mão". Esta experiência consistia em simular a propagação de uma doença contagiosa, apenas por um aperto de mão, e no fim preenchemos um protocolo. Entretanto saímos do laboratório e fomos almoçar ao refeitório do Biocant.
Após o almoço fomos para um jardim esperar o autocarro, para irmos para o Museu da Pedra. Lá falámos quase exclusivamente do calcário, a pedra característica do concelho de Cantanhede. Vimos esculturas, pinturas em pedra e arte sacra. Para terminar fizemos duas actividades: a primeira, foi fazer um desenho em pedra com sílex, que é também uma pedra fina e forte; a segunda, foi moldar o barro. Entretanto, saímos e fomos para um parque, mesmo em frente do Museu, brincar enquanto esperávamos o autocarro. Quando este chegou regressámos à escola.
Miguel Ângelo, nº14, 5º C

PORTUGAL COM…F









José Saramago defendeu, há bem pouco tempo, a constituição da Ibéria. Em Portugal logo se levantaram vozes alteradas, indignadas perante tal dislate antipatriótico. Muitos acusaram logo o nosso prezado Nobel de não andar bom da cabeça desde que o seu coração e o de uma tal Pilar (a quem passou a dedicar todos os livros), esses sim, se uniram num profundo iberismo amoroso.

O seu devaneio ainda não se concretizou, nem concretizará, pelo menos, nos tempos mais próximos. O apoio de sete ou oito milhões de Portugueses (pelo menos!) não seria suficiente para sufocar a oposição de quarenta milhões de Espanhóis (descontando algumas centenas de Galegos com ligações de vária ordem ao Norte da Pátria Lusa). Os tempos do Santo Condestável já lá vão e, nos tempos que correm, tal desproporção de cabeças conduziria inapelavelmente ao insucesso.

O que há a dizer, porém, é que, se por um lado, Saramago parece ter sempre gostado de uma boa polémica, desta vez, esta quase morreu antes de nascer. Na verdade, numa nação que germinou dos desaguisados entre a mãe Teresa e o filho Afonso, o amor à Pátria nunca andou tão rasteiro. Motivos, infelizmente, não faltam. A Justiça é, seguramente, a exemplo mais gritante.

O Povo, que às vezes também se engana, neste caso, tem a clara percepção de que existem, pelo menos, duas justiças: a dos ricos e poderosos, por um lado, e a dos pobres e fracos, por outro. Nem sequer é preciso estar muito atento às notícias para perceber de onde deriva tal percepção – os casos são tão frequentes que, mesmo quem perca mais tempo a ver telenovelas do que telejornais, ou a fazer coisas mais interessantes do que a ver televisão, acaba por apanhar algum caso.

Mas nem tudo é mau: mesmo neste país no extremo (Ocidental, mas não só!) da Europa, percebe-se, por exemplo, que as autoridades vão tendo meios sofisticados de investigação. Pelo menos, ouvidos de tísico parecem ter. O problema é que, por questões de procedimento legal, é frequente não se poderem aproveitar esses meios e as provas que eles recolhem. Não me alongo mais, mas é como se, uma equipa de futebol, por ter perdido o jogo, alegasse que não tinha valido porque, por exemplo, tinha passado um bando de passarinhos por cima do relvado, porque um caracol tinha comido dois ou três fios de relva na grande área, ou por outro grandioso motivo qualquer.

Já são muitas as vozes que alvitram que isto já não tem conserto, que a, outrora, ditosa pátria está ingovernável e moribunda. Estou certo, porém, de que candidatos à salvação nacional não faltarão, pois, se não se salvar esta, que se salvem os salvadores, que, claro está, também fazem parte da nação. Há quem diga que este país é uma sucata. Que exagero! Tem é alguns sucateiros, é certo. Mas não só… Tem também figos ao preço do ouro, apitos da mesma cor, taxistas que ganham milhões na Suiça, sacos da cor do FCP, retornadas/ex-refugiadas políticas no Brasil, distribuidores credenciados de electrodomésticos gratuitos, submarinos que se afundam demasiado, mestrados a preceder licenciaturas etc. etc., etc.

Mas… o tempo é de Natal, de paz, amor, fraternidade e solidariedade. Convém que os discursos sejam, também eles, mais doces, conciliadores e optimistas. "Não nos conformemos!" – alguém nos sugere. Com efeito, há ainda alguns (poucos) exemplos da grandeza do coração lusitano. Registe-se um dos mais recentes: Maria da Conceição, de trinta e dois anos, Portuguesinha da Silva, a viver no Dubai, assistente de bordo da Emirate Airlines, foi nomeada Mulher do Ano nos Emirados Árabes Unidos, no passado dia dezassete de Novembro. Esta alma venerável decidiu criar uma obra de solidariedade social, capaz de dar educação, alimentação, cuidados de saúde, bem como apoio comunitário a mais de meio milhar de crianças carenciadas de um subúrbio de Daca, capital do Bangladesh. É uma mulher de coragem, um exemplo de que o amor e dedicação ao próximo poderão trazer o que de mais relevante, afinal, se pode levar desta vida. É pena andar por terras mouras e não pelas nossas, tão carentes deste espírito cristão…

Por cá, e voltando ao futebol, apetece dizer que o que nos vale é a bola. Atrevam-se a citar outras áreas em que os tugas ocupem os primeiros lugares (não a contar do fim, claro!) como no caso da redondinha! Continuamos a ser a pátria dos Fs: Fátima, Fado e Futebol. E nem precisámos de um golo irregular como os fortalhaços dos Gauleses e também já não nos é exigido o consentimento do rei para empreender outro F como acontecia, noutros tempos, nas Terras de Sua Majestade. Moral da história: dêem-nos milagres que nós acreditamos, dêem-nos música que nós dançamos; dêem-nos bola que nós esquecemos…



PROF. AFONSO BRITO